MIGUEL ARCANJO, ADMINISTROU A CIDADE DE MOSSORÓ EM TRÊS PERÍODOS

PRINCIPAIS FATOS POLICIAIS

sábado, 17 de setembro de 2022

MIGUEL ARCANJO GUILHERME DE MELO

 



MANDATO: 1861 A 1864

MIGUEL Arcanjo Guilherme de Melo Ten. Cel. da Guarda Nacional. Foi proprietário, agricultor e criador nas Ribeiras do Upanema e Mossoró, onde teve fazendas de gado. Nasceu em Mossoró no ano de 1805. Ocupou cargos de eleição e de nomeação do Governo da Província, dentre os quais os Presidente da Câmara Municipal nos quatriênios 1861-1864, 1865- 1868, 1873 – 1876 e de Juiz de Paz de 1853 a 1866 e 1857 a 1860. Foi político militante do partido Conservador ao lado do Vigário Antonio Joaquim. Parte do Terreno ocupado pelo cemitério público da Cidade foi doado por ele à Irmandade do mesmo cemitério. Casou-se ainda moço com sua parenta Joana Lopes de Jesus. O Coronel Miguelinho, apelido de família, residiu por muitos anos em sua azeda do Chafariz, passando-se depois para o Camurupim, onde já velho separou de sua mulher, vindo residir dentro da então vila de Mossoró, onde permaneceu até sua morte. Falecendo sua mulher no ano de 1886, casou-se o Coronel Miguelinho com Leandra Maria, com quem já convivia, mas de cujo consocio não teve descendência. Era o Cel. Miguelinho muito abastado, sendo mesmo considerado rico para época em que viveu. Devido, porém às vicissitudes do tempo e à separação de sua família veio a falecer pobre no ano de 1889, com a idade de 84 anos. Sua residência na Cidade chegou aos nossos dias. Era formado por uma casinha modesta no local em que hoje está edificado o chalet da família Delfino Freire, à praça Vigário Antonio Joaquim. Faleceu a 7 de março de 1888. Segundo Francisco Fausto, ainda Miguel Arcanjo Guilherme de Melo e Joana Lopes de Jesus

FONTE – FUNDAÇÃO MOSSOROENSE

MIGUEL ARCHANJO GUILHERME DE MELO



 FOI GOVERNANDE DE MOSSORÓ POR TRÊS VEZES

1ªVEZ  -  1861 A 1864

Miguel Archanjo Guilherme de Melo - o tenente Miguelinho, conforme era tratado,

 graças a sua pequena estatura, à época abastado e conceituado proprietário, foi o eleito parapresidente da Câmara Municipal, durante este período.

O ano de 1861 foi de inverno copioso. O de 1862, tam-bém; apenas, desde 

o seu início até o meado do ano, a população ainda sofria as conseqüências 

da cólera que continuava a fazer algumas vítimas. O ano de 1863 

foi também de bom inverno e o de 1864 de inverno regular. Foi, assim, uma

época mais ou menos bonançosa, sem a presença incômoda
das secas calamitosas. Dois fatos marcantes aconteceram na sua gestão, duran-
te este quatriênio: a criação da Comarca de Mossoró, pelalei 499, 

de 23 de maio de 1861  e a visita do presidente da província, conselheiro Leão Veloso.


3° CAMARA MUNICIPAL

 

     A Câmara Municipal funcionou da seguinte maneira: Presidente: Miguel Archanjo Guilherme de Melo, Vice: Silverio Ci-ríaco de Souza, Vereadores: Francisco Bertoldo das Virgens, Manoel Soares do Couto, Francisco Gomes da Mota, ManoelAmâncio Rebouças e Pedro José da Silveira.Suplentes: Antônio Leocádio de Souza, Domingos Francisco do Vale, Padre João Urbano de Oliveira, Joaquim Nogueira da Costa, Jeremias Gomes Galvão Guará, JoaquimBatista da Cunha, José Monteiro de Sá, Manoel Duarte Ferreira, Alexandre Bernardino de Souza, Agostinho Lopes de Lima, Irineu Soter Caio Wanderley, José Alves de Oliveira, Francisco Filgueira de Melo, Raimundo de Souza Machado, Antônio Chaves de Oliveira, Simão Balbino Guilherme de Mello, Manoel Justiniano Guilherme de Melo, João Lopes Bastos, João Lopes de Oliveira, Florêncio de Medeiros Cortes, José Pereira da Costa, José Pedro da Silveira e Manoel João da Costa.

 

 MIGUEL ARCHANJO GUILHERME DE MELO

2ª VEZ - 1865 A 1868

Para este outro quatriênio, foi reeleito o tenente-coronel

MIGUEL ARCHANJO GUILHERME DE MELO. Ao contrário do que se verificou na gestão anterior, nesta encontraria ele serias dificuldades, em virtude da crise financeira que avassalou o país, ocasionada pela deflagração da guerra do Paraguai.

Não obstante, houve progresso no município, principalmente no setor comercial quando instalaram-se a CASA GRAF e outras firmas não menos importantes. Com elas, o movimento de exportação e importação começava a sua expansão. O poder público também, além de outras iniciativas, cuidava da organização da divisão municipal criando quartei

rões, O ano de 1865 foi escasso. O de 1866, de bom inverno, com chuvas fora do normal no mês de junho. O de 1867 foi escasso e o inverno terminou praticamente em maio e o ano

seguinte (1868) foi quase seco; no mês de julho "já havia carestia em tudo, fome e crise monetária total" - conformeasseguram as fontes consultadas.

 

4° CAMARA MUNICIPAL

 

A Câmara Municipal funcionou assim constituida: Miguel

Archanjo Guilherme de Melo, presidente; Joaquim Nogueira da

Costa, vice; Vereadores: Jeremias Gomes Galvão Guará, Raimundo de Souza Machado, Domingos Francisco do Vale, Joaquim Batista de Souza e Joaquim Batista da Cunha. Suplentes: Manoel Amâncio Rebouças, José Pereira da Costa, José Alves de Oliveira, José Inácio de Assunção, Francisco de Assis Nogueira, Francisco Gomes da Mota, Manuel Duarte Ferreira, Antônio Chaves de Oliveira, Alexandre Belarmino de Souza, Alexandre de Souza Nogueira, Joaquim Gomes da Mota e Reinaldo Francisco da Costa.

 

MIGUEL ARCANJO G. DE MELO

3ª VEZ - 1873 A 1876

O tenente-coronel Miguel Archanjo volta, pela terceira vez, ao comando administrativo de sua terra. O periodo, com início no ano de 1873, contou com um bom inverno. O ano seguinte foi de inverno regular. Em 1875, o inverno "foi notável pelas suas grandes enchentes, com inun-

dações em Mossoró", e o de 1876 foi escasso e de muita fome. Era o prenúncio da grande e catastrófica seca dos "dois sete". Em 1873, Mossoró contava com 7.748 habitantes. Destes,

3.966 eram homens e os 3.782 restantes eram do sexo feminino. Duzentos e sessenta e sete eram escravos, 6.299 eram analfabetos e 18 eram estrangeiros. No ano de 1876, o muni-

cípio tinha uma renda de 922$ e um colégio eleitoral de "vinte eleitores de paróquia."

No ano de 1873, a 24 de junho, fundou-se a Loja Maçônica pioneira da terra, com o nome da mesma data . E a 26 de julho do ano seguinte já recebia ordens do Grande Oriente

do Brasil para que, de acordo com o "Decreto no 24, não permitisse o ingresso na instituição de individuos que fizes- sem profissão do comércio de escravos". O período fora de agitação popular. De fins de 1874 a meados de 1875 - afirma Cascudo, "houve na provincia motins de protestos contra a adoção do sistema decimal", a chamada revolta do Quebra Quilo. No ano de 1874, no mês de outubro, a cidade foi surpreendida com a chegada inesperada de Almino Afonso e seus irmãos Minervino e Deocleciano, além de "um grupo de homens bem armados e municiados", vindo do centro da Paraíba, a fim de se livrarem de Jesuino Brilhante, que os quis matar."  Outro movimento surgido na mesma época e que a crônica registra com cores mais vivas foi o da revolta com a nova lei do recrutamento militar que determinou sedições locais em Canguaretama, S. José de Mipibu, Mossoró, Goianinha, Papari. "Homens e mulheres invadiam as Igrejas onde se procedia ao trabalho de alistamento, rasgando os livros e agredindo os funcionários", conforme nos ensina Cascudo, concluindo: "Em Mossoró, chamam a essa intentona o motim das mulheres por ter sido dirigido por Ana Floriano, comandando trezentas mulheres decididas, arrancando e despedaçando as listas."

 

6 ° CÂMARA MUNICIPAL

 

A Câmara desse período funcionou da seguinte maneira: Miguel Archanjo Guilherme de Melo, presidente; Primênio Duarte Ribeiro, José Alexandre Freire de Carvalho, Antônio Borborema Bezerra, Joaquim da Costa Mendes, Silvério Ciríaco de Souza, Francisco da Rocha Freire, Gonçalo Soares de Freitas e João Martins da Silveira. Suplentes: José Alves de Oliveira, Alexandre Soares do Couto, Manoel Nunes de Medeiros, Domingos Francisco do Vale, Francisco Antônio de Carvalho, Faustino Filgueira de Melo, Joaquim Zeferino de Holanda Cavalcanti, Antônio Pompílio de Albuquerque, Miguel Januário de Lima, João Gamelo

de Oliveira Júnior, Francisco Caetano Pereira e Francisco Bernardo de Oliveira.

 

 

Fonte: "Legislativo e Executivo de Mossoró,

 Numa Viagem Mais de Centenária" 

Raimundo Soares de Brito (Raibrito)

Conhecendo um Pouco do MIGUEL ARCHANJO GUILHERME DE MELO 

O Miguelinho, assim tratado em virtude da pequena estatura, também pertencia ao clã dos Guilherme de Melo, e era primo de Simão Balbino. Foi tenente-coronel da Guarda Nacional, proprietário, agricultor e criador em Upanema e Mossoró, com fazendas de gado. A exemplo do primo Simão Balbino, também era político prestigioso, militando no partido conservador ao lado do vigário Antônio Joaquim.

Nasceu em 1805 ,no sítio Camurupim e residiu por muitos anos na fazenda Chafariz, de sua propriedade. Mais tarde, retornou à fazenda onde nascera, onde já velho separou-se de sua muIher legítima Joana Lopes de Jesus, vindo residir na então vila de Mossoró, onde passou a viver maritalmente com Leandra Maria, com quem veio a contrair matrimônio no ano de
1886, após o falecimento de Joana, sua primeira esposa. Foi no passado "o mossoroense que exerceu maior domínio na administração" de Mossoró afirma Lauro da Escossia. Por três vezes esteve dirigindo os destinos administrativos de sua terra como presidente da Câmara.
"Cheio de amizades, grande proprietário, figura tradicional da política conservadora" - no conceito de Cascudo entretanto, pelas vicissitudes do tempo e a separação da família, veio a falecer pobre no ano de 1883 numa pequenacasinha onde mais tarde Delfino Freire construiria o seu belo chalé e que hoje  é a sede Camara Municipal de Mossoró.

 

Fonte: "Legislativo e Executivo de Mossoró,

 Numa Viagem Mais de Centenária" 

Raimundo Soares de Brito (Raibrito) 

Fonte - Leonam Medeiros

MIGUEL ARCANJO GUILHERME DE MELO

  MANDATO: 1861 A 1864 MIGUEL Arcanjo Guilherme de Melo Ten. Cel. da Guarda Nacional. Foi proprietário, agricultor e criador nas Ribeira...